Na linha de frente da proteção e segurança da sociedade, os membros da Polícia Militar enfrentam desafios constantes que vão além do que é visível aos olhos do público. Enquanto protegem e servem, muitas vezes, alguns enfrentam batalhas internas contra o uso prejudicial de drogas e o alcoolismo. Essas lutas silenciosas não apenas impactam a segurança pública, mas também têm um custo significativo para a saúde mental, relacionamentos e vida após a entrada para a inatividade, desses envolvidos.
“O que caracteriza o consumo abusivo de álcool e outras drogas do uso social? É justamente o fator “controle” no consumo. Quando chega ao limite que você mesmo estipulou e não há a interrupção desse consumo, isso é um indício que o militar tem ou faz o uso abusivo, você perde o controle sobre esse uso.” explica a Major QOS Adriana Santos, que atende no CAIS PM e coordena o programa de assistência a dependentes.
O consumo de drogas e álcool compromete a capacidade de desempenhar suas funções de maneira eficaz e segura, pincipalmente se esse usuário for policial ou membros da força segurança pública. “Para que a sociedade esteja segura, nós precisamos estar seguros também. Não tem como eu garantir a minha segurança ou a de outra pessoa se eu estou alcoolizado.” Afirma.
O estresse crônico, os traumas relacionados ao trabalho e a cultura de silêncio dentro da hierarquia militar podem contribuir para a vulnerabilidade desses profissionais. Sem os devidos recursos e apoio, muitos recorrem ao uso de substâncias como uma forma de autotratamento, exacerbando ainda mais os problemas subjacentes.
A batalha contra o uso de drogas e alcoolismo na Policia Militar e órgãos de segurança pública é árdua, é uma luta que não pode ser ignorada. A segurança da sociedade e o bem-estar dos militares dependem dela.
É hora de enfrentar, reconhecendo que o verdadeiro poder da força policial reside não apenas em suas armas e uniformes, mas na saúde e resiliência de seus próprios membros.
Comunicado
15 de maio de 2024
Nenhum comentário
